"Não podemos [entidades reguladoras] contornar o imperativo da actual estrutura empresarial [modelo do "CEO todo-poderoso"]. Podemos, porém, certificar-nos de que os presidentes executivos com maus resultados são afastados, se não pelos accionistas, então facilitando as aquisições. Um passo nessa direcção seria atenuar as regras de acesso às listas accionistas [também aplicável a empresas não cotadas], agora quase sempre controladas pela administração em exercício. Aqueles accionistas que pretendem o anonimato podem ser protegidos nas listas por nomes fictícios. Fusões, aquisições e criação de empresas independentes são uma parte vital da concorrência (...).
Um maior controlo por parte dos acionistas limitaria sem dúvida a possibilidade dos administradores defenderem "para-quedas dourados" [altos valores de rescisão definidos pelos próprios], ou o seu próprio salário, frequentemente desajustado, bonús gigantescos, pré-datação de opções de compra de acções e regalias pós-emprego actualmente concedidas a expensas do accionista [para não mencionar o contribuinte...]."
in "A Era da Turbulência", de Alan Greenspan (cap. XXIII).
A propósito do caso português: porque é que é tão difícil encontrar os relatórios de contas de certas empresas?
"Solar dos Pintor" (Santo Antão do Tojal)
Há 2 horas
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