O fomento desregrado de crédito ao consumo alimentou durante anos uma insustentável procura interna, que agora rebenta lentamente, promovendo a instabilidade social, a insegurança e o alastramento da pobreza.
No processo, boa parte dos rendimentos têm fluído para os bancos, com lucros fabulosos durante alguns anos (o curto prazo...), e outra parte para o estrangeiro, onde os banqueiros se endividam.
O actual estado económico mundial e a volatilidade da confiança e dos agentes conducentes a um sistema de crédito mais apertado e caro, são factores que tendem a eliminar as margens de manobra temporais para essa questão nacional, tornando-se portanto urgentes medidas de regulação mais atentas ao médio prazo.
É difícil imaginar como vai ser o Portugal que emergirá depois desta imensa tormenta. Aquilo que se sabe é que existe alguma probabilidade de ficarmos com uma enorme dívida pública, a acrescentar a um défice comercial já grande, provavelmente uma situação de desemprego elevado persistente, desvalorização de activos imobiliários, maior criminalidade, uma percentagem maior de população abaixo do limiar de pobreza, custos de manutenção de infra-estruturas públicas a tender para o insustentável, degradação de serviços públicos base, etc...
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