sábado, 21 de fevereiro de 2009

O prefácio de Parthasarathi do "Wealth of Nations"

De leitura obrigatória para neo-liberais cabeçudos:

"The Wealth of Nations é certamente uma celebração da moderna economia de mercado, mas não como um fim em si mesma. Antes enquanto meio através do qual objectivos mais altos de liberdade individual e de ordem social podem ser atingidos. Para Smith, a sociedade comercial não era um sistema perfeito, mas simplesmente superior às alternativas disponíveis (...).

(...) Smith, em oposição a muitos dos seus mais recentes apóstolos, tinha em grande atenção os conflitos sociais, as desigualdades, e outros efeitos deletérios inerentes às sociedades comerciais; e neste aspecto Smith diverge claramente de muitos defensores modernos do capitalismo.

(...) Para Smith, a deformação dos seres humanos causada por tarefas tediosas e repetitivas constituía um dos aspectos mais perturbadores da sociedade comercial, o que representa a segunda diferença maior entre ele e os seus discípulos de início de século XX. Sobretudo nos discipulos mais recentes, é rara esta preocupação profunda com os custos humanos do capitalismo.

The Wealth of Nations dedica vários capítulos de reflexão sobre o impacto da sociedade comercial nos trabalhadores e propõe várias medidas de mitigação desses efeitos. A mais importante é um sistema de educação público universal.

Adam Smith não era um opositor dogmático das interferências do governo no mercado. (...)"

A abertura das políticas governamentais ao serviço dos perdedores do capitalismo não é hoje, sem dúvida, do agrado dos novos discípulos de Smith.

Tradução livre de parte do prefácio de The Wealth of Nations, edição da Barnes and Noble.

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