De leitura obrigatória para neo-liberais cabeçudos:
"The Wealth of Nations é certamente uma celebração da moderna economia de mercado, mas não como um fim em si mesma. Antes enquanto meio através do qual objectivos mais altos de liberdade individual e de ordem social podem ser atingidos. Para Smith, a sociedade comercial não era um sistema perfeito, mas simplesmente superior às alternativas disponíveis (...).
(...) Smith, em oposição a muitos dos seus mais recentes apóstolos, tinha em grande atenção os conflitos sociais, as desigualdades, e outros efeitos deletérios inerentes às sociedades comerciais; e neste aspecto Smith diverge claramente de muitos defensores modernos do capitalismo.
(...) Para Smith, a deformação dos seres humanos causada por tarefas tediosas e repetitivas constituía um dos aspectos mais perturbadores da sociedade comercial, o que representa a segunda diferença maior entre ele e os seus discípulos de início de século XX. Sobretudo nos discipulos mais recentes, é rara esta preocupação profunda com os custos humanos do capitalismo.
The Wealth of Nations dedica vários capítulos de reflexão sobre o impacto da sociedade comercial nos trabalhadores e propõe várias medidas de mitigação desses efeitos. A mais importante é um sistema de educação público universal.
Adam Smith não era um opositor dogmático das interferências do governo no mercado. (...)"
A abertura das políticas governamentais ao serviço dos perdedores do capitalismo não é hoje, sem dúvida, do agrado dos novos discípulos de Smith.
Tradução livre de parte do prefácio de The Wealth of Nations, edição da Barnes and Noble.
"Solar dos Pintor" (Santo Antão do Tojal)
Há 2 horas
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