sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A brisa que paira no ar...

A empresa quase-única que nos colecta as portagens anunciou uma quebra de lucros de 41,5%, só tendo alcançado 151,8 milhões de Euros em resultados líquidos... (coitadinhos).

Para além de serem quase monopolistas, obrigarem os automobilistas a pagarem portagem mesmo quando estão congestionados, acidentados ou em obras, se atrasarem no cumprimento de obrigações legais respeitantes ao alargamento do número de faixas em função do tráfego médio, terem parca sinalização e alguns pisos completamente desadequados à chuva, será que nos preparam para mais (crise)
...despedimentos?

O que acontecerá a todas aquelas pessoas nas caixas de portagem logo que o Estado nos obrigue de facto a comprar o chip de matrícula (um eufemismo para aquela caixinha branca no interior do pára-brisas)?

Com o desemprego a disparar é caso para pensar: que raio de sentido de timing!

De uma penada e à pressa, os "imperialistas do alcatrão" conseguiram fazer decretar a sua aparentemente única mas muy badalada inovação (sim, refiro-me aquela caixinha branca outra vez) como uma obrigatoriedade para todos os automobilistas portugueses.

Ah... você não queria aquela coisa no pára-brisas? Pois olhe, vai ter de a mamar...e não é de borla.

Você não utiliza auto-estradas porque no distrito de Bragança elas não existem? Olhe, pague e não bufe...

A lição é dura, mas a moral é esta: enquanto nos acenam com a "liberdade de escolha" pode ser isto a que se referem
: eles escolhem o preço, o onde e o como, e nós pagamos sem questionar.

Crise? Qual crise?

Assim será também na saúde, no ensino, nas águas e na energia, se lhes deitarem a mão entidades tão altruístas como as que comandam estes oligopólios.




Sem comentários:

Enviar um comentário