terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O que eles não viram

For the record: a decisão de invasão do Iraque foi também uma demonstração de que a paranóia colectiva existe ao se associar, com a benção dos media, essa guerra ao combate ao terrorismo sem que (quase) ninguém com peso pestanejasse, à época.

Hoje adivinham-se melhor as verdadeiras razões, que alguns encrustados de extrema direita ainda não conseguem admitir:

1. O desejo de produzir um show militar mediático para uma opinião pública americana culturalmente carente de uma resposta rápida e em força ao 11/09 (shock and awe, lembram-se?)

2. A necessidade de focalizar a opinião pública americana num inimigo externo concreto (o ditador Iraquiano em vez dos Taliban sem rosto) para implementar uma agenda conservadora tenebrosa (entre muitas aberrações, ensinar o criacionismo nas escolas, lembram-se?)

3. A necessidade de estabelecer uma ameaça regional a outros estados do médio oriente produtores de petróleo (be good or else...).

4. Provavelmente a necessidade de manter um mercado de petrodólares intacto e de fornecer aos lobbies imensos negócios de "reconstrução".

5. Forçar no pentágono a adesão a uma nova doutrina de intervenção (special forces + minimum deployment) por oposição à "doutrina Powell" (overwelming force deployment): uma aposta evidentemente errada mas que visava domar o único bastião capaz de fazer frente às opções arbitrárias da Administração, o ramo militar.

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