A liderança só se reforça e cresce se também tiver uma base moral e ética que a alimente... O cidadão / colaborador sabe-o por instinto, a isso respondendo com maior ou menor envolvimento, maior ou menor motivação e produtividade.
Aos portugueses "ofuscados" pelas maravilhas da mão invisível (um conceito interessante mas relativo e sem dúvida uma óptima desculpa para a falta de planeamento e desorganização), ficam dois recados: o primeiro é que leiam o segundo capítulo de "Wealth of Nations", precisamente de Adam Smith, que discute a importância da especialização de funções e da experiência, e o segundo é que por amor a Deus aprendam alguma coisa com empresas não-nacionais. Vejamos a política explícita de uma, relativamente aos seus colaboradores:
Cada colaborador...
...tem o direito de saber o que lhe é exigido nas suas funções e como é avaliado o seu trabalho pela gestão...
...tem o direito de aceder a toda a informação relativa a eles mesmos, de forma mais transparente possível, directamente bem como através dos seus representantes...
...tem o direito de saber o que a empresa antecipa para a sua carreira e trabalho, a definir a direcção da sua carreira em conjunto com a gestão e, nesse ontexto, a beneficiar de um ambiente de aprendizagem, nomeadamente através do acesso ao treino necessário para assegurar o seu desenvolvimento profissional...
...tem o direito a ver os seus bons resultados reconhecidos, sem descriminações, bem como a conhecer a razão de más avaliações...
...não será abandonado sozinho em face de dificuldades...
Sempre que falem da baixa produtividade dos portugueses não se esqueçam que é à gestão que compete organizar e formar os recursos disponíveis, daí sacando a produtividade necessária. As razões para a baixa produtividade portuguesa radicam essencialmente na má qualidade de gestão que grassa em território nacional.
Se querem mesmo "falar verdade aos portugueses" (o que duvido), têm de falar também nestas coisas.
It's time to change!
"Solar dos Pintor" (Santo Antão do Tojal)
Há 2 horas
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