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sábado, 11 de julho de 2009

Os combustíveis mais caros antes de impostos!



Agradeçam aos ex-governos PSD o facto de terem liberalizado o mercado da distribuição de combustíveis sem ter promovido, primeiro, o desenvolvimento de um mercado concorrencial (e se isso não foi uma de neoliberal, então o que será?).

O resultado é este: pagamos, segundo estudo do JN, os combustíveis mais caros da Europa (a 27!), antes de impostos.

Deixem-me repetir: antes de impostos!... os preços mais elevados de entre 27 países!

Ferreira de Oliveira, quase ao mesmo tempo em que se tornava pública esta verdade inconveniente, veio tentar serenar as águas com alusões a expectativas de baixas de preços no curto prazo.
O que me veio imediatamente à cabeça foi a imagem daquele tristemente célebre ministro Iraquiano da propaganda...

terça-feira, 28 de abril de 2009

As Boas Escolas B Produzem Maus Gestores?

A euforia - e negócio - das Business Schools havia de ter os seus dias contados até algum dia. Diz o ditado que "podem enganar-se todas as pessoas durante algum o tempo, mas não algumas pessoas durante o tempo todo".

Pelo número de manuais de parvoíces chapadas sem qualquer fundamento objectivo publicadas a torto e a direito por muitos "gurus" (com títulos que sempre me fizeram lembrar um pouco aqueles papelinhos da Astróloga Zinaida, não sei porquê); com doutos professores PhD sem qualquer experiência prática de gestão (o que é feito do learning by doing no vosso caso, hein?), era de esperar.

Boa parte dos gestores das piores falências destes tempos são MBAs. Pagaram a ascenção recta bem paga para ganhar o bolo depressa sem passar pela prisão nem pela casa da partida, através de um (tanto falso) prestígio académico. Nada mais, e nada pior.

Mas não há Céu sem purgatório, meus amigos... O resultado está à vista.

As excepções existem porém, e sairão a ganhar destes tempos conturbados. Um exemplo provável é a Toyota, que dedicou anos de paciente desenvolvimento aos híbridos e a carros fiáveis de baixo consumo em geral, e os começou a vender andava ainda a GM a produzir febrilmente camiões familiares (vulgo SUV, Sports Utility Vehicles), porque era fashion (o curto prazo: deu asneira).

Em 70 anos, a Toyota passou de uma pequena empresa num país periférico e mal visto (os produtos Japoneses foram durante muitos anos denegridos nos EUA, como o são hoje os produtos Chineses) ao maior gigante mundial automóvel, um ramo duríssimo onde a competição é mesmo a sério e verdadeiramente global (nada que se compare minimamente com o que enfrentam sequer - ou sobretudo - as maiores empresas nacionais, algumas quase-monopolistas).

Pelo caminho, a Toyota derrubou a GM, sem qualquer acto de hostilidade para além do mero bom senso e boa gestão. A GM, uma das jóias da coroa americana ficará agora reduzida a pouco mais do que uma sombra, muito devido a iluminados fashion de ocasião, saídos de uma "B School" qualquer.

Resultado de anos de mentalidade de resultados fáceis, uma festa de que muitas Escolas "B" têm sido grandes anfitriãs.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Monopoly

A electricidade e os combustíveis fósseis, eis o que está a dar. Ainda bem que há empresas-oásis nesta crise!

O que já é mais estranho é ver nos media um rol de "cronistas do reino" quase a babarem-se perante as façanhas dessas empresas, "ignorando" que discorrem sobre quase monopólios e que os portugueses não ainda têm uma verdadeira liberdade de escolha...

Gerir monopólios e oligopólios é tão bom!

Ainda há portanto cultos de personalidade a grassarem em Portugal, mesmo depois desta crise provar que a era da fulanização...c'est fini.


terça-feira, 3 de março de 2009

A "balela" dos centros de decisão nacionais...

Nestes tempos de "apocalipse" (revelação) tivemos ontem o experimentado Silva Lopes, na RTP, a dizer que "isso dos centros de decisão nacionais é uma balela" (...) "só serve para enriquecer algumas pessoas".

E disse.

Não que se possa generalizar a "denúncia", mas percebe-se bem o alcance da revelação.

Basta pensar na novela relativa ao Banco Totta&Açores ou mesmo, mais recentemente, à Compal.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A brisa que paira no ar...

A empresa quase-única que nos colecta as portagens anunciou uma quebra de lucros de 41,5%, só tendo alcançado 151,8 milhões de Euros em resultados líquidos... (coitadinhos).

Para além de serem quase monopolistas, obrigarem os automobilistas a pagarem portagem mesmo quando estão congestionados, acidentados ou em obras, se atrasarem no cumprimento de obrigações legais respeitantes ao alargamento do número de faixas em função do tráfego médio, terem parca sinalização e alguns pisos completamente desadequados à chuva, será que nos preparam para mais (crise)
...despedimentos?

O que acontecerá a todas aquelas pessoas nas caixas de portagem logo que o Estado nos obrigue de facto a comprar o chip de matrícula (um eufemismo para aquela caixinha branca no interior do pára-brisas)?

Com o desemprego a disparar é caso para pensar: que raio de sentido de timing!

De uma penada e à pressa, os "imperialistas do alcatrão" conseguiram fazer decretar a sua aparentemente única mas muy badalada inovação (sim, refiro-me aquela caixinha branca outra vez) como uma obrigatoriedade para todos os automobilistas portugueses.

Ah... você não queria aquela coisa no pára-brisas? Pois olhe, vai ter de a mamar...e não é de borla.

Você não utiliza auto-estradas porque no distrito de Bragança elas não existem? Olhe, pague e não bufe...

A lição é dura, mas a moral é esta: enquanto nos acenam com a "liberdade de escolha" pode ser isto a que se referem
: eles escolhem o preço, o onde e o como, e nós pagamos sem questionar.

Crise? Qual crise?

Assim será também na saúde, no ensino, nas águas e na energia, se lhes deitarem a mão entidades tão altruístas como as que comandam estes oligopólios.




domingo, 22 de fevereiro de 2009

Liberais... mas não muito...

Porque é que não há jornalistas que se interroguem sobre isto:

Primeiro, o responsável da Autoridade da Concorrência é substituido.

Quase de seguida a concentração da distribuição aumenta (um fenómeno que claramente não beneficia a concorrência de preços).

Nada de estranho, se isto não acontecesse num país onde os preços dos bens de supermercado fossem qualquer coisa com o 20% a 30% mais caros que em Espanha...

Logo depois, a resistência a pressionar as gasolineiras existe e não é nula. Hum...