Perante uns Estados Unidos da América que dão sinais de cansaço - ou cálculo? - na manutenção do papel de tutoria aos meninos de papá que são os burocratas não eleitos desta Europa, temos de assistir à humilhação que consiste em constatar uma Comissão que não existiu durante quatro meses - sem que praticamente ninguém tenha dado conta disso - ainda que a Europa venha atravessando, de longe, a sua mais grave crise do pós-guerra.
Será mal comparado, mas não sei porquê vem-me ao espírito o estado de alma, a inércia e incrédula torpeza, do Estado-Maior Francês em 1940, completamente perdido e atónito perante um surpreendente avanço Alemão.
Bruxelas é menos má no "copy paste" - escrevo-o com ironia, naturalmente - e quando é preciso que funcione pela sua própria cabeça, é aquilo que se vê... Por mais que se aperte, não sai quase nada; recolhe-se, antes, nos seus infinitos mecanismos de evasão, à espera que a borrasca passe sem sentir o cheiro à chuva.
Para ironia maior, é com um português "à sua frente" que tudo isto acontece na Europa, talvez para a história no-lo vir recordar durante as décadas a vir.
Bem, o que esperávamos? Não muito, é verdade...
É o retrato perfeito de um PPE de direita e "às direitas", pago pelo contribuinte para implementar o "laissez-faire", i.e. pago para fazer absolutamente nada, ou perto disso.
Moçambique pós-Natal
Há 6 horas
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