sábado, 13 de fevereiro de 2010

A crucificação da democracia

"Perdoa-Lhes Pai, eles não sabem o que fazem." J.C.

Vender uma nova forma de democracia, ou de moral pública, através duma sucessão de crimes e desrespeito por regras democráticas essenciais não é forma de limpar absolutamente nada.

O que nos revelam, pois, os trechos publicados das escutas?

Que o PM eventualmente moveu as suas influências para tentar contrapor algo à avalanche de propaganda que invadira as ondas hertzianas? Teríamos de ser anjinhos para acreditar que se pode governar sem mover influências; que algum PM, passado ou futuro, não tenha de recorrer de expedientes similares para exercer as suas funções com um mínimo de normalidade.

O que nos revelam mais os trechos publicados das escutas?

Que quem se move de maneira a vender a "verdade" corrompendo para isso a Lei poderá ser, na realidade, essencialmente anti-democrata.

Afinal quem incendiou o Reichstag na Alemanha com o intuito de culpabilizar e poder perseguir adversários políticos, em nome da ordem, da moralidade, da verdade, do amor à pátria, da suposta necessidade de concentrar num só homem o poder total?

Doublespeak...

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