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É um tanto triste que o principal canal público nos condene a "emissões baiónicas" todos os dias úteis à tarde, num registo infalivelmente pimba.
Os nossos impostos poderiam servir em lugar disso para promover o turismo e a gastronomia regionais, reforçar a componente das tradições, a mistura do antigo com o que de inovador vai surgindo, mas parece que os nossos produtores públicos não conseguem entender isso fora de uma lógica provinciana e parola (reveladora do nível intelectual que grassa na capital que temos), que aposta na teoria da estupidificação anestesiante, como nos tempos da outra senhora.
O mesmo sucede, porventura com consequências tão ou mais graves, com a componente internacional principal de radiodifusão pública televisiva.
Um bom exemplo comum aos dois canais: a "Volta a Portugal"!
Poderia existir o bom senso - como sucede em França, Espanha e Itália - de aproveitar a "Volta" como elemento de promoção das paisagens naturais do país, das estradas que são bem melhores do que há 20 anos, do património histórico... enfim, de aspectos razoáveis e interessantes que promovessem uma imagem mais moderna ou original do país e o tornassem mais atractivo para visita ou investimento.
Em vez disto, temos de assistir a um desporto interessante polvilhado de pimbalhice, por vezes mesmo feito em estradas esburacadas que parece serem escolhidas a dedo.
Já era tempo de mudar isto, porque pagamos todos a dobrar: primeiro no custo directo e depois na ausência de resultados do pimba.
Se queremos apostar na língua portuguesa, internacionalmente, usando nessa vantagem competitiva uma melhor ponte para outros povos e mercados, não podemos, ao mesmo tempo, escolher patinar no registo do garrafão de 5 litros de tintol.
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