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terça-feira, 25 de agosto de 2009

O novo Império do Sol Nascente

Eva Gaspar, in Jornal de Negócios (on-line): " Foi por pouco e não é certo se é para durar. Mas, pela primeira vez desde que há registos estatísticos comparáveis, a China ultrapassou a Alemanha como maior exportador do mundo em valor, numa renovada indicação de que o gigante asiático está em passo acelerado para liderar a economia global.
Entre Janeiro e Junho, a China exportou mercadorias no valor de 521,7 mil milhões de dólares (cerca de 365 mil milhões de euros), ao passo que a Alemanha, tradicionalmente o maior exportador do planeta, vendeu ao mundo 521,6 mil milhões de dólares de bens.
Os dados referem-se à primeira metade do ano e foram ontem divulgados pela Organização Mundial do Comércio (OMC). No início do ano, a China já tinha superado os Estados Unidos, tornando-se o segundo maior exportador do mundo."
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A partir de agora não nos restam muitos caminhos: ou se globalizará a democracia, os direitos humanos, e se elevarão os padrões éticos do mundo, ou forçar-nos-ão provavelmente a ser mais "Chineses" , e a democracia correrá de novo (corre já) risco de vida. Será que os nossos líderes o compreendem?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Prego a fundo

Nestas duas décadas e meia de neo-liberalismo económico desenfreado os países ocidentais conseguiram levar os seus cidadãos a ignorarem o conceito de poupança.

De modo geral, hoje em dia, a poupança é mais elevada nos países do sudoeste Asiático, para onde se dará a transferência de riqueza em curso com esta crise. É claro que para o grande capital isto não tem muita importância, pois não existem fronteiras para ele, mas para os estados infiltrados pelas suas formas mais radicais, pode vir a ser desastroso.

Na Europa apenas os franceses - vistos como bichos raros por se oporem parcialmente ao neo-liberalismo anglo-saxónico - têm taxas de poupança aceitáveis.

Nos EUA, mesmo antes da crise elas tinham descido a 0,6% dos rendimentos, reduzindo os americanos à dependência mais radical do consumo desmedido.

Em Inglaterra, até há bem pouco tempo - e também por cá, nalguns casos - os bancos emprestavam até 125% do valor de uma casa, assim contribuindo simultaneamente para a especulação imobiliária e para o consumo.

Entre nós, números de 2008, os níveis de poupança desceram aos valores que tinhamos em 1961, cerca de 5,5% do PIB, mas é de presumir que com o desemprego que aumenta, os níveis reais possam vir a ser menores do que isso.

Nas minhas notas de Junho de 2008, escrevi: "O processo de globalização em curso, mal regulado, já fez algumas vítimas mas ainda não proporcionou catástrofes sócio-económicas a escalas nacionais (...). Nada nos garante porém, à velocidade actual dos acontecimentos, que tal seja impossível."

Não suspeitava na altura o que viria a acontecer à Islândia.

Estes acontecimentos não podem mais ser assacados a meia dúzia de exageros perigosos, mas antes a políticas e acções deliberadas, tomadas a larga escala e anos a fio sem atenção às consequência de longo prazo.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A globalização vista por Stiglitz

Fica o url de um podcast de Joseph Stiglitz (Nobel 2001 da Economia e professor da Columbia University) sobre o tema da globalização. Entre outras coisas é interessante perceber como a propriedade intelectual tem sido abusivamente utilizada por grandes grupos farmacêuticos e sectores agrícolas ocidentais a desfavor dos seus próprios cidadãos.

http://www.timesonline.co.uk/tol/audio_video/podcasts/mba/