terça-feira, 11 de maio de 2010

Euro: que solução?


E ao 10º dia de Maio a Europa deu a conhecer "o plano". Da reunião dos governantes máximos Europeus não resultou porém, ainda, nenhum compromisso em dar os primeiros passos para a necessária integração fiscal, ou sequer uma vaga promessa em direcção à Federação Europeia que já tantos apontam com a única solução de médio prazo para o projecto Europeu; não resultou igualmente - a priori - um mecanismo permanente de intervenção em casos de pré-bancarrota (suficientemente robusto a nível político).

Barroso alegrou-se cedo demais: ao segundo dia os mercados leram que o conjunto de garantias extra, linhas de financiamento e possível novo papel do BCE - medidas que no seu conjunto poderiam injectar entre 600 mil a 750 mil milhões de Euros - constitui algo que dificilmente alguém, alguma vez, quererá colocar plenamente em marcha, i.e. pode ser uma espécie de arma sem gatilho...

É interessante reflectir sobre a mais ou menos insuspeita opinião de Krugman, como elemento de análise sobre o que parece isto quando visto de fora por um economista experiente (via The Conscience of a Liberal, excertos do post "Shock and Uh?"):

"Now comes yesterday’s announcements.

Announcement #1, from the EU ministers, basically offered a larger version of the failing Greek plan. This, by itself, wouldn’t do much for Greece. Arguably, it might help Portugal and especially Spain, which are not in quite as bad shape and might (just possibly) be able and willing to endure years of deflation and fiscal austerity as long as they can avoid speculative attack. But that’s kind of a marginal thing. When the first announcement came, my reaction was to say that the EU was making the classic mistake, treating a solvency problem as if it were a liquidity problem."

"Announcement #2, from the ECB, changes things somewhat. It now seems that Trichet has been dragged kicking and screaming into becoming at least a semi-Bernanke, engaging in much more expansionary policies than before. (Yes, the ECB says that they’re only liquidity operations, and will be sterilized, yada yada — we can only hope that they don’t really mean it.)"

"So there’s something substantive here; it’s not just a matter of buying time during which nothing good will happen."

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