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domingo, 24 de janeiro de 2010

Ulrich

"Se fosse oposição, só discutia depois de conhecer o Orçamento de Estado", disse Ulrich, o banqueiro. Acontece que o Sr. Ulrich não é oposição. Ou talvez seja, mas não queira dizer. Ou então é e não é, o que nos atira para os domínios da mecânica quântica que, contudo, não serve à escala macroscópica em que se move o Sr. Ulrich.

Vou-lhe perdoando as patacoadas que tem vindo a proferir, em perfeito desrespeito das suas funções, porque permaneço cliente do banco que dirige... por enquanto.

Mas era melhor ganhar juízo, Sr. Ulrich... Não aprendeu nada com o seu antecessor?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Investir nas pessoas

É bom estarmos a investir mais em ciência mas ainda são curtas as ligações entre isso e a inovação, porque é difusa a estratégia de investimento em recursos de I&D.

Triste é que não se apoie ao menos com a mesma força melhor formação em gestão. O país bem precisa de melhores gestores e bons quadros mas existe apenas um única universidade - privada - com prestígio no campo da gestão.

É um sinal dos tempos da decadência académica portuguesa mas também um resultado de escolhas públicas muito pouco visionárias.

Para além do mérito que a referida universidade privada tem sabido conquistar com esforço e trabalho ao longo do tempo, era interessante e necessário aumentar a diversidade de escolha neste campo, por forma a introduzir maior igualdade de oportunidades.

Para mais a boa gestão precisa de variedade na abordagem, não de formatação ou estereotipos sociais.


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Barack Obama sobre os "novos reis"

Num dos seus livros mais ou menos recentes, Barack já tinha expresso o seu sentir relativamente à questão de compensação exagerada de executivos:

"Quando se trata de enfrentar problemas culturais, os conservadores têm os seus pontos fracos. Por exemplo, a questão dos salários dos executivos. Em 1980, um CEO médio levava para casa um salário 42 vezes maior ao de um trabalhador pago à hora. Em 2005, o rácio era de 262 para 1. Os media conservadores, como o editorial do Wall Street Journal tentam justificar considerando-os necessários para atrair melhores talentos (...).

Só que a explosão de salários dos CEO teve pouco a ver com melhoria de desempenho. (...) Os CEO do país mais recompensados na última década foram responsáveis por enormes quebras de rendimento, despedimentos em massa e sub-financiamento [um eufemismo...] dos fundos de pensões dos seus colaboradores."

in "The Audacity of Hope", Barack Obama

Os novos "reis"

Henry Mintzberg já o sabe há muito tempo:

"O poder das empresas ficou assim centralizado à volta dos CEO num grau não visto durante décadas, reminescente dos capitães de indústria de um século antes. Claro que toda a retórica continuou a ser sobre a descentralização ou sobre dar mais poder aos empregados, trabalhadores do conhecimento e organizações em rede. Mas a prática tem estado a cavar um fosso entre os chamados líderes, sentados no topo dos seus pedestais, distantes e generosamente compensados, e todos os outros ansiosamente à espera da próxima e dramática movimentação.

in "Gestores, não MBA", de H. Mintzberg