quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"A crise acabou", afirmou MFL


MFL resiste no posto, enquanto a sua retaguarda procura desesperadamente uma solução que assegure o statu quo da linha de Cascais (será o gasto Marcelo, outra vez?).

Mas entretanto, MFL, que parece não ter aprendido nada com as últimas eleições, já voltou aquela linguagem esquisita e sem nexo: são frequentes nas suas curtas declarações à mestre-escola termos como "exigo", "jamais", "aviso", "medo", e outros indiciativos de grande dificuldade em aceitar e interpretar o sentido do voto popular.

No fim de semana passado, na sua inenarrável crónica do Expresso, MFL vertia assim:

"A crise, esse conceito abrangente que justifica todos os males económicos e sociais que nos rodeiam, acabou. É o que se lê nas declarações políticas e nas análises económicas."

Que maravilha!
Decretar o fim da crise logo depois de ter perdido as eleições, i.e. quando mais lhe dá jeito (a crise mundial, que ela tanto se esforçou por esconder numa campanha feita de ignomínias em nome da "Verdade). Chama-se a isto ter o mundo a seus pés (com honras de primeira página) ou, mais verdadeiramente, o rei na barriga.

Mais para o final da sua missiva, derrama a confissão inevitável:

"Sem se poder continuar a invocar a crise para justificar as nossas dificuldades, há que criar uma outra figura mítica que desempenhe este papel - talvez as 'consequências da crise'."

Por outras palavras, agora que a crise acabou, venha a próxima inventona! Será que não há nenhum editor que a notifique do ridículo a que se expõe?

Creio que a chave para a compreensão deste absurdo reside num provérbio inglês: "what can you expect from a pig but a grunt?"

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