Um certo programa de Contacto tem tido certamente algum mérito, pelo menos em termos conceptuais.
Porém, as condições em que ocorre, desde a selecção de pessoas à sua colocação em empresas externas, tem que se lhe diga.
Há alguns anos atrás, os estagiários ficavam com um portátil (não era barato na altura) no fim do estágio. Boa parte das pessoas escolhidas faziam duvidar da idoneidade do programa de selecção: médias de conclusão de licenciatura baixas, fraco domínio de línguas básicas e um certo bronzeado relaxado algo suspeito...
Depois acabaram-se os portáteis à borla e o número de candidatos aumentou.
Parece que recentemente, um funcionário da Aicep no Extremo Oriente terá levado a jantar estagiários a um restaurante cosmopolita, tipo 70 Euros por cabeça (uma bagatela...), para depois lhes anunciar que... seriam eles a pagar a conta!
Ao mesmo tempo, esses estagiários, alguns muito novos e sem qualquer experiência, terão sido deixados entregues a si mesmos, sem saber como ou onde alugar casa a preço justo, sem qualquer adiantamento de bolsa de estágio, sem saber o que comer e onde, ou sequer sem ter recebido qualquer formação sobre os usos e costumes locais, alguns bem diferentes dos nossos.
Parece mais uma historieta tipo "Magalhães"?
Conforta-me pensar que ao menos o tipo da Aicep deve ter jantado bem naquele tal dia com os estagiários, o pobre...
Fico estarrecido com tamanho "bom senso"... com a facilidade com que alguns funcionários de uma agência pública cuja função poderia ser vital, sobretudo nos dias que correm, caem neste tipo de ridículo.
Seria mais um dos finos "herdeiros da Coroa Real" a soldo desta pobre República ?
Genial
Há 6 horas
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