Esta história de asfixias e censuras pérfidas sem fim, repetida ad nauseum por um pretendente ao "trono" recentemente emigrado, coisa público-dependente mas pateticamente anti-estado, e que tem a mania de recorrer a hipérboles próprias de ditadores de pequena e balofa estatura... sinceramente, não há mais paciência...
O meu conselho é: vá-se tratar, pá!Cuide da sua saúde, homem. E de caminho, faça dieta.
O MP já recorreu mas o facto é que o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu por não pronunciar Helena Lopes da Costa, ex-vereadora de Pedro Santana Lopes, acusada de 21 crimes de abuso de poder na atribuição de casas da autarquia de Lisboa.
Certamente o problema de alguns políticos (?) portugueses:
"Existe uma patologia chamada pseudologia fantástica, descrita pela primeira vez pelo psiquiatra Suiço Anton Delbrück em 1891, em que os pacientes constroem de forma sistemática mentiras muito elaboradas. Ao princípio a mentira do pseudólogo surge consciente e deliberadamente, mas pouco a pouco, conforme cresce o número e a complexidade das mentiras que inventa, o sujeito começa a fundir as mentiras com a realidade e chega ao ponto de acreditar nas suas próprias invenções; inclusivamente, acaba por construir para si mesmo uma nova e falsa identidade. Com o tempo, as falsas recordações do pseudólogo chegam a suplantar as verdadeiras memórias e a mentira converte-se então na actividade central e persistente na sua vida. Segundo os psiquiatras, o pseudólogo busca continuamente a atenção dos que o rodeiam, necessita de ser escutado, e isso satisfaz-lo e reforça-lhe os sintomas. Ao que parece a pseudologia deve-se a factores de ordem psicopata e transtornos de personalidade extremos, de tipo narcisista ou histriónico."
Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: «Fui eu?»
Deus sabe, porque o escreveu.
Fernando Pessoa