terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Crespações, episódio II

Hoje saltou para os jornais o segundo episódio do folhetim Crespo.

Ao que dizem as más línguas, foi no Hotel Tivoli, por altura da apresentação do OE 2010 que terá ocorrido a propalada almoçarada.

Também parece - diz-se... - que terá sido Bárbara Guimarães a ouvir tudo. Crespo aparece editado por todo o lado, sobretudo, e em jeito pioneiro, pela Instituto Sá Carneiro, o que já dá para perceber que a coisa teve um indisfarçavel objectivo ou aproveitamento político; ou então quer dizer que Crespo foi azelha, e se deixou usar, pois tivesse ele simplesmente anunciado um processo sobre o PM por difamação e todos veríamos apenas a defesa singular de um pobre homem ofendido pelos grandes.

Surge mais um detalhe importante: a de que Nuno Santos, chefe de Crespo - a quem Sócrates ou algum dos presentes terá dito que Crespo era "maluco", ou "atrasado mental" - não terá contestado o "assalto".

Hipóteses (partindo do princípio de que o almoço e a conversa tiveram lugar como dizem e sem outros detalhes de contexto):

  • Sócrates ou membros do governo comentaram imprudentemente comportamentos de Crespo (inofensivo per si, ofensivo para a pessoa Mário Crespo)
  • Sócrates ou membros do governo tentaram condicionar (?) o chefe de Crespo a seu respeito (grave, se for verdade)
  • Nuno Santos não contestou, ou por se sentir condicionado (improvável), ou por ter sido surpreendido e ter ficado sem resposta (possível), ou por concordar tacitamente com o autor dos comentários (possível), ou por mero pudor (improvável), ou ainda por se tratar de comentário jocoso mas não carecendo de resposta (possível)
  • Crespo já não andava de bem com o seu chefe (doutra forma não teria dado ao detalhe de não-resposta de Nuno Santos ao PM um tom de crítica)
  • A defesa de Crespo aparece quase de imediato pela mão do Instituto Sá Carneiro (calculismo de Crespo ou aproveitamento político)
  • Crespo vai lançar um livro intitulado "A última crónica", na próxima quinta-feira (possível premeditação de oportunidade)

Não se dará o caso de Crespo estar meio feliz por ter encontrado finalmente um pretexto público, sonoro, para sair da SIC e entrar na política mais explicitamente?

Será que é o culminar do desagrado em não ter sido convidado a integrar uma posição em Washington (como chegou a dar como certo)?

Nada disto desculpa porém o PM do dever de ter tido, no mínimo, mais recato...

Aguardemos os próximos capítulos...

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