sábado, 11 de julho de 2009

"Leão" Alegre ao combate, finalmente!


Passe a repetição, mas porque me parece crucial difundir, escolho a selecção de passagens do Carlos Santos (http://ovalordasideias.blogspot.com/) a propósito da crónica de Alegre publicada pelo Expresso.


"As próximas eleições serão marcadas por uma ofensiva ideológica da direita. O que está em causa é o consenso constitucional aprovado por larga maioria (incluindo o PSD) sobre os direitos sociais (escola pública, universalidade do acesso à saúde, segurança social pública). A líder do PSD anuncia o fim de um ciclo e de uma concepção de democracia em que direitos políticos e direitos sociais eram considerados inseparáveis. Com o absurdo de o PSD partir para as eleições com a bandeira da ideologia que está na origem da actual crise mundial. Sabem-se os objectivos: papel do Estado, protecção social, direito do trabalho.
Os resultados desta receita estão à vista em toda a parte: desregulação do mercado entregue a si mesmo, busca sem freio do lucro pelo lucro com total indiferença pelos custos sociais, ausência de ética e transparência. Na hora do colapso do neoliberalismo, MFL faz o discurso ultraliberal do Estado mínimo. À força de tanto querer rasgar, acabará por rasgar o horizonte social do 25 de Abril, consagrado na Constituição.
(...)
Seria preciso que os socialistas acordassem do seu torpor (...) e que as outras forças de esquerda, sem abdicarem da posições próprias definissem com clareza o adversário principal, e se interrogassem sobre as eventuais consequências de um eventual governo de MFL. Se MFL governar o povo da esquerda será o principal perdedor, independentemente da votação nos partidos que dele se reclamam.


Dir-me-ão que a maioria do PS não governou à esquerda. Eu também gostaria que tivesse governado de outra maneira. Mas também sei que uma maioria de direita jamais deixaria passar o referendo sobre a IVG e a lei do divórcio. Sei que com o governo de MFL o SNS será praticamente desmantelado e o papel do Estado, como ela já afirmou, "reduzido ao mínimo indispensável.
(...)
Para que um dia destes não estejamos a perguntar-nos (...) como é que um país maioritariamente de esquerda pode acabar uma vez mais a ser governado pela direita?"

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