terça-feira, 15 de dezembro de 2009

How big is "too big to fail"?


Há algumas evidências de que podemos aprender alguma coisa sobre assuntos mundanos com a natureza.
Os dinossauros tiveram a sua grande época e extinguiram-se, tal como os mamutes, os sabres e muitos outros animais de grande porte. A natureza parece querer dizer que "grande" não equivale sempre a "melhor". Na verdade "grande", no reino animal, tem sido frequentemente significado de enormes necessidades "energéticas", e isso não é bom porque tende a ser instável num mundo de fauna diversificada em que existe competição por recursos limitados.

Na Europa, três dos grandes bancos que não precisaram de dinheiro dos contribuintes para se aguentarem - segundo a Bloomberg - possuem hoje activos próprios de valor igual ou superior ao PIB dos países onde se situam as respectivas sedes (mesmo descontando o valor das carteiras de activos que entretanto desvalorizaram, esses bancos e muitos outros aproveitaram para ir às compras e crescer ainda mais).

Os casos mais destacados são o Barclays PLC, o Santander e o BNP Paribas.

Talvez seja bom saber que houve bancos que se aguentaram sozinhos perante a maior tormenta financeira das últimas décadas, mas imaginar todas as trocas económicas dum grande país europeu como a França a decorrer durante um ano a fio, e somá-las a todas para chegar à conclusão de que valem menos do que o conjunto de activos de uma única instituição bancária, é uma evidência que deveria suscitar algumas questões pertinentes (nomeadamente sobre quem governa quem e como, na realidade, ou se não estaremos a permitir a germinação das sementes de novos problemas económicos de ainda maior dimensão).

Ainda assim, uma larga maioria de "teólogos de mercado", não vê nisso nenhuma luz de alarme...É espantoso.

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