"Orientaremos os apoios de fundos públicos prioritariamente para empresas inovadoras, e estimularemos o investimento empresarial em I&D."
Em primeiro lugar e em abono da verdade - não nos enganemos a nós próprios - ainda não há empresas inovadoras em Portugal, há apenas algumas (pouquíssimas empresas) que começam a ter uma vaga noção do que possa ser, e como se pode fazer (ainda menos empresas), inovação.
Em segundo lugar, num país de burros pomposos, a política adequada não é apostar prioritariamente nas empresas inovadoras (isso é um erro de leitura grave da realidade); a política adequada é a de incentivar todas as empresas à inovação, colocando meios técnicos, incentivos financeiros e meios humanos à disposição e alinhados com esse objectivo.
E nisso sim, há que ser super-dirigista, pois já não há tempo para outra coisa. Isto se quiserem um dia vir a ter nas exportações um meio modelo decente.
Mas é confrangedora a falta de atenção do programa ao papel da Ciência, do Conhecimento, da Pesquisa e da Inovação. Sócrates vai anos-luz à frente na percepção da importância desta matéria.
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Há 6 horas
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