quarta-feira, 3 de junho de 2009

Marinho Pinto 3 - "Elite" de Lisboa 0

Quem viu o "prós e contras" da RTP1 na passada madrugada do 2 de Junho concerteza não deixou de perceber que afinal a luta de Marinho Pinto na Ordem dos Advogados é apenas capaz de ser semelhante à de tantos outros portugueses que preservam algum respeito pela verdade e pela justiça, no seu combate por um Portugal menos "faz de conta" mantido por grupúsculos que ainda não se habituaram bem ao conceito de democracia.

Foi engraçado ver exposta - à força de investidas do "granito do Marão" e perante uma estranha ruborescência de sorriso amarelo - gente de tão pequena estatura e falseado carácter "urbano".

"Só se perderam as que caíram no chão", e se o estilo não foi o da música barroca do costume, tanto pior para os duros de ouvido: já vai sendo tempo de escutarem Stravinsky.

Agredir pessoas por via da desonestidade intelectual, da injúria e da intriga, da omissão e da perfídia, da espionagem ilícita da vida privada, sem outros motivos aparentes que não a ambição e a inveja, é infinitamente menos "urbano" de se ver que o mais rude granito da Serra.

Mais Marinhos Pintos era coisa capaz de ajudar a livrar o país dessa gosma a cavalo de gentio, indivíduos de valores flácidos, eternos aduladores de uma decadente e corrosiva "Pax Romana"...

Dois excertos de opinião do sempre incisivo Baptista Bastos:

"Não me parece que Marinho Pinto haja sido tocado pela desonestidade, pela indecência, pela indignidade, ou movido por interesses cavilosos. Querem-no brunido, direitinho, ajeitado, dentro da esquadria: um artesão formal da aplicação das leis e seu complacente vigilante. Ele é, definitivamente, o contrário dessa banalização precaucionista que atingiu todo o tecido social e garantiu a instauração da indiferença, do abandono cívico e, finalmente, da coisificação do medo. "

"Dizem que ele acusa sem nomear. Mas, os que dizem, nomeiam-no sem rigorosamente o acusar de coisa alguma. Convém interrogarmo-nos sobre o que nos não tem sido dito."

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