quarta-feira, 10 de março de 2010

O Comintern Europeu

O PSD tem frequentemente criticado aquilo a que designa de "desorçamentação", uma espécie de passagem habilidosa de verbas públicas (vd. dívida) para fora da contabilidade anual do Orçamento de Estado (Parpública...). Por sua vez o PS diz que Portugal se limita a utilizar regras contabilísticas autorizadas por Bruxelas, e que a situação não é diferente da prática de quase todos os outros países europeus (o que também é verdade).

Não se sabe ao certo quanto cabe na rubrica, que pode alcançar os 20% do PIB segundo os mais pessimistas... Mas, porque mantém Bruxelas essa possibilidade, depois do caso Grego?

A burocracia europeia e a Comissão são co-responsáveis por uma contabilidade nacional Grega fraudulenta, durante anos a fio. Quanto tempo permanecerá Bruxelas ainda calada sobre as regras contabilísticas que permitem a "desorçamentação"? É uma prática inócua ou esconder-se-á nela uma bomba relógio?

E Barroso, o que esclarece numa altura em que importava devolver a Bruxelas alguma credibilidade técnica relativa a estas matérias?

A Comissão corre riscos de nos evocar os tempos das estatísticas económicas falseadas dos soviéticos...

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