À medida que nos vamos aproximando das eleições, surge sempre, em todos os campos políticos, uma séria tendência para a parvoíce.
Embora haja tendências marcadamente mais parvas do que outras.
Nos seus comentários mais recentes, a senhora decidiu brindar-nos com o seguinte vaticínio bem disposto e cheio de ânimo (como de costume): "se o país fosse uma empresa estaria falido". Mais uma pérola!... Ó minha senhora, mas já olhou para as contas dos países neoliberais que tanto defende, ou defendeu? Estão nas lonas, minha senhora!
Para além disso minha senhora, e pela enésima vez: nem o país é uma empresa, nem a gente quer que o seja (pois é minha senhora, era quase assim no tempo do Salazar...).
Concorda-se claramente com a senhora quando diz que o Estado, em vez de se endividar ainda mais para sustentar linhas de crédito para as pequenas e médias empresas - embora não seja por aí que o gato vai ao leite... - deveria simplesmente pagar o que lhes deve mais cedo.
E no entanto, logo a seguir, a senhora diz que o que temos é um problema de (sic) "excesso de procura" (uma teoria digna dos prémios igNobel). Continua a senhora que, como temos "excesso de procura" e a oferta nacional não chega, temos de importar muita coisa, o que agrava as contas nacionais.
Mesmo ultrapassando com muito boa vontade essa absoluta mentira do "excesso de procura", lanço aqui um quizz. Devemos deduzir do raciocínio da senhora que:
a) Com a senhora no poder, ninguém mais poderá andar de automóvel a não ser que tenha sido cá produzido (os sovietes também pensavam assim)
b) Vamos regressar ao proteccionismo (e o Greenspan não a vai perdoar)
c) Vamos regressar ao condicionamento industrial do professor Oliveira Salazar
d) A senhora afinal até é cómica e decidiu gozar com a malta (era para contar a verdade, mas ficou para uma próxima: o país não pode viver sem importações)
e) A senhora é perita em alimentar espirais destrutivas na economia nacional (do tipo "tenham medo, tenham muiiitoooo medo, uh uh uh ah ah ah")
Das duas uma, ou esse "excesso de procura" é um falar para não estar calada, ou então é mais uma igNobel "verdade" da mentira que passou a integrar no discurso.
Moçambique pós-Natal
Há 4 horas
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