terça-feira, 26 de maio de 2009

Debater a Europa

Alguns (se não todos) os partidos políticos devem entender que os portugueses são apenas uma espécie de americanos mais espertos, mas ainda assim muito burros.

Digo isto porque a poucos dias de eleições para o Parlamento Europeu o debate sobre a Europa... quase não existe, ou é tão pueril que mete dó.

O que eu gostava de se ver debatido:

- Deve a Europa caminhar ou não para uma Federação?
- Qual a melhor forma para o alcançar?
- Como aproximar a Europa das pessoas?
- Como fazer diminuir a crescente Eurocracia que grassa em Bruxelas?
- Por que temas se batem cada uma das principais famílias políticas no PE?
- Deve ou não o Presidente da Comissão passar a ser eleito por sufrágio universal a 27?
- A PAC é para manter como está?
- Qual a política e os instrumentos para uma consequente Defesa comum?
- Em que sentido pode evoluir a pasta dos Negócios Estrangeiros da União?
- Quanto mais temos de esperar para uma efectiva união política?
- Queremos dimimuir a Europa Social, ou ampliá-la? O que pensa sobre isso Barroso?
- Irá a Europa, na defesa do interesse dos seus cidadãos, bater-se por uma globalização ética?
- Irá a Europa no sentido das 65 horas para que possamos competir com a "escravidão" Chinesa?
- Em que pode entender-se a Europa com os EUA, na defesa dos valores democráticos no mundo?
- Deve a Europa afirmar-se como espaço social e ético único, ou deve ceder à "real politik", aos interesses de circunstância?

- Depois da derrota burocrática da Agenda de Lisboa, que medidas pragmáticas deve desenvolver a Europa para promover a Ciência, a Cultura, as Artes e a Inovação?

O que será que pensam destas matérias os nossos candidatos ao "El Dorado" de Bruxelas?

Muito pouco pelo que se vê. Frases como "pelo interesse nacional eu assino por baixo", apenas revelam a habitual vontade de passar uma imagem de um pseudo-patriotismo sem qualquer conteúdo prático.

2 comentários:

  1. Embora não seja candidato ao «Eldorado» nem faça parte de qualquer família política, darei, mesmo assim, a minha opinião nesta grelha (mas não me «encaixe» em nenhuma tendência, sff, como agora passou a ser moda - o uso de testes para dizerem o que os outros (analfabetos políticos, ou quase), devem «pensar» acerca do seu enquadramento político... é de bradar!) Ainda se, ao menos, colocassem questões de fundo como as que vou responder...

    - Deve a Europa caminhar ou não para uma Federação?
    Só se for Portugal a liderá-la - ainda que num plano utópico renascido do exemplo histórico.

    - Qual a melhor forma para o alcançar?
    Chamando à razão os que fogem, com o cu à seringa, da «união» que isso implica.

    - Como aproximar a Europa das pessoas?
    Pois... «aproximando a igualdade» (dentro do possível) e credibilizar as instituições, que mantém a rotatividade, apesar das provas (não) dadas pelos seus dirigentes.

    - Como fazer diminuir a crescente Eurocracia que grassa em Bruxelas?
    Substiuí-la pela meritocracia e abandonando, assim, a lériocracia.

    - Por que temas se batem cada uma das principais famílias políticas no PE?
    Deviam bater-se por todos os que sejam (são) relevantes....

    - Deve ou não o Presidente da Comissão passar a ser eleito por sufrágio universal a 27?
    Democracia «oblige», não?

    - A PAC é para manter como está?
    Para benefício de quem?

    - Qual a política e os instrumentos para uma consequente Defesa comum?
    Política consertada; «polícia» desarmada.

    - Em que sentido pode evoluir a pasta dos Negócios Estrangeiros da União?
    Deve evoluir para um maior peso da diplomacia na gestão dos vários conflitos que grassam atualmente e outros que virão a breve trecho.

    - Quanto mais temos de esperar para uma efectiva união política?
    Depende das condições do banco em que estivermos sentados.

    - Queremos dimimuir a Europa Social, ou ampliá-la? O que pensa sobre isso Barroso?
    Depende das reuniões do «Grupo», penso eu de que...

    - Irá a Europa, na defesa do interesse dos seus cidadãos, bater-se por uma globalização ética?
    Pschiu... Primeiro vamos ao que interessa... «money thtat's what I want»... depois falamos disso.

    - Irá a Europa no sentido das 65 horas para que possamos competir com a "escravidão" Chinesa?
    Tal como outras vitórias, esta vai ter também o seu 'accessit' por parte dos seguidores da camarilha «bilderbergeriana».

    - Em que pode entender-se a Europa com os EUA, na defesa dos valores democráticos no mundo?
    Isso resolve-se com mais uma reuniões entre as 'elites'.

    - Deve a Europa afirmar-se como espaço social e ético único, ou deve ceder à "real politik", aos interesses de circunstância?
    O dever, devia... só que a circunstância, como diz o povo,....

    - Depois da derrota burocrática da Agenda de Lisboa, que medidas pragmáticas deve desenvolver a Europa para promover a Ciência, a Cultura, as Artes e a Inovação?
    Infundir uma nova mentalidade de (e talvez incentivos ao) mecenato e, sobretudo, preocupar-se com o que é importante - deixando «cair» tretas e «modismo» efémeros que só servem para desnortear o papalvo (ainda que com bonitas formas e fórmulas).
    --
    Quanto ao que pensam os «assinantes» e outros «vitais» candidatos ao lugar no «Eldorado», pois ficamos a aguardar (se bem que, acho, isso já o pensou alguém por eles), que os resultados tragam algumas (boas) notícias!

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  2. É sempre um prazer tê-lo por aqui!
    Traga mais gente.

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